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sexta-feira, 18 de abril de 2014

O que eu fiz da minha vida? O tormento da sensação de termos desperdiçado nossa vida....



Não conheço nada mais terrível do que pergunta não incomum “O que eu fiz da minha vida?”
Ver uma pessoa atormentada pela sensação de ter desperdiçado quarenta, cinquenta ou até sessenta anos de sua vida é uma agonia desumana. A morte não seria tão insuportável se não fosse à chancela definitiva daquilo que não se fez e não se viveu. 
 O que amedronta na morte é o desconhecido, a parte do processo que não conhecemos e não conseguimos compreender. Sua realidade nos atemoriza, porém o seu desperdício e o não aproveitamento do potencial de nossas vidas que se constitui na mais terrível das experiências que podemos passar.

Quem não vive a vida potencial desregula os meios entre a vida e a morte e despeja os seus resíduos de morbidez e desespero entre os vivos. 

O acumulo dessas vidas não vividas são assombrações, que amargam e sujam este mundo. Os fantasmas das vidas mal vividas são mais numerosos do que os fantasmas gerados pelas grandes injustiças, pela crueldade ou até mesmo pelos assassinatos.

Talvez seja a única forma real de desespero, pois corrompe de maneira inexorável a fé. É muito mais fácil lidar com a frustração do que nos foi impossível por limitações externas da realidade do que com a impossibilidade geradas por nós. 

Não podemos ficar fazendo concessão para diminuir a nossa responsabilidade de viver ou que venha a diluir o terror e a impureza ao nos alienar da responsabilidade de vivermos.

Está é a urgência da vida que nos escapa na rotina. Seria fabuloso se pudéssemos assimilar o aprendizado nos momentos em que nos conectamos com a realidade da Verdade e a honrássemos. Mas é difícil. Sabemos disso, nós nos esquecemos.  Não conseguimos suportar a visão plena, sem véus, por muito tempo. 

Mas quando estamos ameaçados de perder a vida percebemos isso com uma nitidez assustadora. Nossos valores são outros e nossa busca mais perene do que a repetição de experiências que se importantes do ponto de vista afetivo, ao mesmo tempo nos são insuportavelmente efêmera.

Quando atingimos níveis crônicos onde temos a certeza do nosso fim, o desperdício da vida é uma das piores misérias humanas, se não a pior. Conseguimos ver a falta de sentido com que pautamos nossos dias e toda a constatação do pesar de que talvez seria melhor não termos nascido.

Talvez esse seja o melhor conselho que se possa dar: “Não tenha medo de retirar da vida um valor absoluto reconhecendo ao mesmo tempo a necessidade de produzir sentido a ela”.

Quando somos confrontados por essa realidade, nos atormentamos por uma carência existencial que só poderia se preenchida por aquilo que menos temos no final da vida – Tempo. 

Não existe prazer, sucesso, poder e propriedade que vá conseguir preencher esse vazio.e nos sabemos pobres nesse momento, não por falta de bens materiais mas porque entendemos que toda a nossa existência foi desperdiçada. E agora nossas forças foram roubadas quando entendemos isso. É um profundo desespero!

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Fátima Jacinto

Temos que aprender a viver e a morrer todos os dias....



Como a vida pode ser nova a não ser que se aprenda a morrer e a viver?  Quando recebi a noticia de que estava com um câncer, entendi que teria que morrer varias vezes se quisesse viver.


E como morri nesses quatro anos, morri para meus velhos hábitos, morri para meus falsos valores, e depois de cada morte me sentia melhor. 

Descobri uma nova vida, que se apresentava nova, e vazia pronta para que eu a enchesse com o que eu decidisse que fosse melhor naquele momento. 

Abriguei por muito tempo a sensação de ameaça que não conseguia resolver por completo, mas depois que fiquei doente, e entendi e comecei a morrer para tudo o que me incomodava, me fazia mal, essa sensação desapareceu. Não me sinto mais ameaçada por nada. Nem pela vida, nem pela morte. 

Sei que a doença não é a forma certa de resolvermos nossas questões fundamentais, mas foi a que se apresentou para mim, e eu aproveitei. Quando estamos doentes nos tornamos mais fracos, menos capazes de reunir os recursos que nos são necessários para a verdadeira transformação. 

O sofrimento me acompanhou em toda a minha jornada, mas eu sempre soube que ele era necessário, não um sofrimento sacrificial, mas um sofrimento libertador. 

Aprendi com a dor, e me orgulho disso. Eu sentia que não havia nenhuma outra alternativa, as forças que me rodeavam estavam me esmagando. 

Hoje eu sei que viver sem dor é muito mais humano, e estou me preparando nesse momento para começar uma vida de alegria e sem dor, apesar de saber que o ideal seria eu me transformar antes da crise, da doença, porque é óbvio que eu poderia não ter tempo suficiente para gozar essa minha nova vida, que hoje me parece tão proveitosa e convidativa. 

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Fátima Jacinto.

Somos aquilo que absorvemos


Nós somos aquilo que absorvemos, subestimar a importância de nosso cérebro em nossa vida atualmente é ingenuidade. É também é ingênuo não admitirmos que tudo aquilo que comemos influencia nossos pensamentos, atos e ações. Tudo o que comemos e absorvemos influencia em nosso humor, em nossa afetividade, em nossa vida sexual, em nossa concentração, e em tantos outros aspectos da nossa vida diária. 
 Quando nos conscientizamos de uma mudança alimentar em prol da nossa saúde, nosso corpo se torna mais leve e ágil, some a insônia, o mau humor matinal e a irritação. Temos uma maior estabilidade afetiva e uma enorme resistência ao estresse do dia a dia. 

Somos humanos e portanto temos que aprender a conviver com o espírito e com nosso corpo e alma, não fomos unidos casualmente e nem acidentalmente essa é nossa constituição. 

Pode parecer um exagero da minha parte, mas para muitos de nós alguns alimentos são verdadeiros venenos, só que o pior é que quando comemos eles na hora nada acontece. Os sintomas só vão aparecer três quatro dias depois, e por isso não conseguimos descobrir o que está nos fazendo mal.

 Alias nem fazemos ideia de que tudo o que sentimos tem origem em nossas escolhas alimentares.
Sim nossa historia familiar tem um peso importante nas doenças que vamos desenvolver, mas não seja ingênuo, são as nossas escolhas e decisões que vão traduzir para o nosso corpo a saúde ou a doença. 

Não estou falando em grandes transformações, mas em pequenas atitudes de todos os dias que fazem a diferença em nosso futuro. 

Sei talvez melhor do que a maioria dos meus leitores que mudar hábitos não é coisa fácil, pois quando decidi mexer com minha alimentação, de alguma forma senti que estava tocando no “sagrado” que havia em mim, e por isso talvez tenha conseguido ir mais devagar e continuar. 

Alimentação é nossa base, nos remete a nossa infância, aos momentos em que fomos nutridos por nossas mães por isso é sem duvida muito complicado de levar em frente uma transformação. O alimento nos faz ir no mais profundo do nosso ser, são os cheiros e as sensações que estão intimamente ligados a nossa memoria emocional que literalmente desintegra toda a nossa força de vontade racional. 

Mas tenho aprendido que certos alimentos que faziam parte do meu dia a dia eram realmente verdadeiros venenos não apenas para mim, mas para todos nós. 

Infelizmente vivemos em uma sociedade em que os interesses financeiros se sobrepõe muito mais alto do que a saúde da população. 

A mídia nos apresenta certos alimentos como se fossem indispensáveis para nós, e ficamos sempre com a impressão de que se não consumirmos e oferecermos aos nossos filhos ao menos três porções ao dia deles teremos nossa saúde e da nossa família comprometida, quando a realidade é exatamente o contrario.

Vou citar agora apenas o leite de vaca, que sem duvida alguma é excelente para os bezerros, mas não nos faz bem. Só que os interesses de tantos latifundiários, empresários, políticos, além da mídia que eles pagam falam com tanta autoridade sobre o assunto, e sem contar das enormes campanhas que são feitas dentro das universidades de nutrição, e medicina, que acabam por nos confundir. 

Temos que observar mais e ter mais cuidado com as informações que nos são apresentadas pelos meios de comunicação. Não podemos acreditar em tudo só porque “apareceu na televisão” estava na revista ou até mesmo ou principalmente na internet. 

Não aceite tudo como verdade, pesquise, informe, pergunte.
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Fátima Jacinto

Tanto a alegria como a tristeza são condições efêmeras em nossa vida...



Nossa expectativa de que o que é bom possa ser preservado ou incrementado é constantemente frustrada por uma infinidade de coisas que podem e irão sair errado.
 Estamos, portanto, sempre muito atentos à condição efêmera de estarmos felizes. 
Poucas vezes percebemos que a tristeza também é uma condição passageira, que a tristeza se esgota.
A tristeza é, acima de qualquer coisa, uma oportunidade da alma, uma convulsão que se esgota na medida em que a acatamos e abraçamos.
O grande problema da tristeza está na tentativa de se evadir dela.
É nesta condição que ela perdura e nos assombra.
Quando nos sentimos tristes, buscamos nos distrair, ocupar ou consolar com coisas que nos alegrem.
Não percebemos que desta maneira fortificamos a experiência de tristeza.
Isto porque tristeza se encara de frente, olhando direto em “seus olhos”. Experimente aceitar a tristeza quando ela se instala.
Deixe por momentos que o aperto na glote se misture com o amargor do coração e, ao “agarrar” a tristeza, descubra sua esgotabilidade.
Se corrêssemos ao encontro de todas as nossas tristezas, perceberíamos que elas são sintomas da alma e que das lágrimas que esta pode gerar surge a possibilidade do arco-íris, de um novo dia com renovada fé.
O medo da tristeza é o elemento principal que fertiliza a sensação de desespero.
No entanto, a tristeza em si pode ser um importante instrumento da fé.
Todos conhecemos a experiência que se sucede ao nos entregarmos a um choro profundo que alivia o coração e o faz mais leve abrindo novas perspectivas de esperança.
A verdade é que não conseguiremos explicar este fenômeno apenas como uma descarga de sentimentos que nos desopila.
Não se trata apenas de um “volume” de tristeza a ser escoado.
A razão de a tristeza ser seguida de uma sensação de esperança tem a ver com um ensinamento que descobrimos ao entregar-nos a ela.
Revela-se a nós o fato de que cada instante traz em si os meios para que lidemos com ele.
Por mais terrível que possa ser ou parecer nossa realidade, há sempre à nossa disposição uma forma de vivê-la.
Na verdade, acreditar que cada momento traz em si tudo o que ele mesmo possa vir a exigir de nós é a maior de todas as esperanças.
Esta esperança se traduz numa forma de confiança seja no Criador, no Universo ou na Natureza que não exige abrirmos mão de nosso intelecto.
Sabemos que não podemos esperar nem cobrar que a vida não nos faça conhecer nenhuma perda, ou até mesmo a perda dela própria.
No entanto, esperar que cada situação tenha inerente a ela os meios pelos quais possamos suportá-la e que permitam lidar com ela é um ato de fé que não contradiz a realidade.
No Talmude há um dito que expressa uma lógica referente às leis que poderia ser estendida às leis naturais, existenciais e espirituais.
Diz esta máxima: ‘Não se decretam leis ou éditos que não possam ser cumpridos.” 

Confiar não é o ato de esperar que nada de errado nos aconteça, mas, acima de tudo, ter certeza de que seja qual for o édito, este virá sempre acompanhado dos meios para ser suportado. Esta é, na realidade, exatamente a definição de não desesperar.
Isto vale para a angústia e para a ansiedade: o fundamental não é que se procure sublimá-las, mas vivê-las.
Quando vividas, elas se esgotam.
“Deus me deu uma boa cabeça, que pensa rápido. A preocupação e a tristeza que outros processariam em um ano eu processei em um único momento.”
Esta capacidade de concentrar ansiedade, tristeza e luto, não se consegue através da fuga, mas do enfrentamento destes sentimentos.
Todos estes sentimentos podem ser relevados se vividos profundamente.
A evidência maior se encontra no sorriso que desponta depois da entrega ao pranto, ou na sensação de triunfo e transcendência que depois do sofrimento.
A tristeza é uma oportunidade, não experimentamos deve ser perdida.
Se ela passar por você, persiga-a com a certeza de que ela lhe indicará o caminho para o “oásis”.
A tristeza, portanto, é um mecanismo capaz de restabelecer nossa confiança de que cada momento contém em si a forma de ser enfrentado.
Cada vez que vivenciamos a tristeza e a suportamos, se fortalece nossa esperança de que também nos céus prevaleça a lógica que evita que se baixem decretos que estejam além das possibilidades de que sejam cumpridos.

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Fátima Jacinto

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