A nossa
qualidade de vida, e de pensamentos está intrinsecamente ligados ao tipo de
doenças que teremos. Por exemplo a relação entre os problemas sérios emocionais
e o câncer, não podem mais serem contestados hoje. Há mais de dois mil anos o
medico Galeno de Pérgamo notava que as pessoas deprimidas tinham mais tendência
a desenvolver doenças dos que as otimistas.
Hoje já é
aceito pela medicina ocidental que os desastres da vida, aqueles que nos
ocasiona muito desgosto e sofrimento, as grandes infelicidades mentais, as
viradas repentinas da sorte, os temperamentos de disposição taciturnas, as
pessoas que acreditam que não podem fazer nada para mudar suas vidas, estão
muito mais propensas a um câncer do que quem não tem esse tipo de reação e
problema, sendo considerado esses problemas uma das poderosas causas da doença.
Eu mesma
encontrei uma relação tão clara a vida que levava, as coisas que permitia que
fosse feita, e a morte do meu filho, que continuar a discutir essa associação
seria desafiar minha razão.
Atualmente
vários estudos mostram que uma grande proporção de mulheres com câncer de mama
e de útero, estão convencidas de que suas doenças é a consequência de um grande
estresse que elas não souberam administrar – um aborto, um divorcio, a doença
ou morte de um filho, ou mesmo a perda de um emprego ao qual eram muito
apegadas, e não rara vezes ao fato de não conseguirem se desvincular de uma
relação de violência dentro de seus lares, de se sentirem impotentes diante da
vida que está sendo oferecida a elas.
Hoje não
temos mais motivos para duvidar que há uma forte ligação entre os dramas
inevitáveis da vida e o começo de um câncer. Fica a pergunta: Podemos mesmo nos
fazer um câncer?
Tenho
pensado muito sobre isso, principalmente no meu contexto. Depois de muito
refletir, ler, cheguei a conclusão que quero compartilhar com vocês, porque
acredito que pode ajudar a evitar doenças ou ao menos a nos equipar melhor para
confronta-la.
A primeira
coisa que devemos ter em mente é que é preciso de ao menos 5 anos ou até
quarenta anos para que uma célula anormal ou seja um “grão ruim”, se torne um
tumor canceroso detectável. Durante esse tempo, as células que eram
inicialmente sadias se desregulam gravemente, seja por efeito de nossos genes
anormais, ou o que é mais comum porque elas foram expostas a radiações, toxinas
do meio ambiente, ou a outros cancerígenos. Note aqui a estreita relação entre
o que ingerimos e absorvemos com o câncer também.
Em tudo
que já li e estudei a respeito quero deixar claro que não se conhece nenhum
fator psicológico capaz de fabricar esse “grão ruim” do câncer. Em outras
palavras nada nos permite afirmar que o trauma psicológico pode ser a única
causa do câncer.
Mas assim
como a nossa alimentação, a falta de exercício físico, e a qualidade da agua e
do ar, certos estresses psicológicos põem sim influenciar profundamente o
terreno no qual o “grão ruim” irá se desenvolver.
A maior
parte dos pacientes de câncer que conheço se lembram de uma fase especialmente
de extremo estresse nos meses ou anos que precederam o diagnostico de câncer. O
meu foi diagnosticado dois após a morte do meu filho.
Não quero dizer com isso
que a morte do Vinicius causou o meu câncer, eu comia pessimamente, levei uma
vida desregrada e de grande estresse a maior parte do tempo, tive um casamento
violento, tinha um sentimento de culpa imenso de não ter sido a mãe que meus
filhos mereciam, viva uma loucura atrás da outra.
Me sentia
impotente diante das situações que a vida me apresentava, me sentia não amada,
não querida, não desejada, e principalmente não me sentia útil a ninguém, tudo
isso devido a anos de violência psicológica, talvez por isso eu não desisto da
minha luta para esclarecer mulheres nessa situação.
Tudo isso
sem duvida acabou por criar “ o grão ruim” dentro de mim, e ele estava lá
crescendo devagar e sempre, mas a morte do Vinicius deu um grande susto no meu
“grão ruim” e ele se desenvolveu descontroladamente em dois anos muito mais do
que nos anos anteriores. E por isso foi diagnosticado.
Como você
pode perceber não se trata de um estresse qualquer, é na realidade uma
provocação da vida que nos deixou com um terrível sentimento de impotência.
Muitos de nós que fomos diagnosticados se viram confrontados com um conflito
crônico que parecia sem solução ou com obrigações tão pesadas que nos provocava
a sensação de asfixia .
Acredito
que preciso insistir que essas situações não desencadeiam o câncer, mas que
elas podem permitir que ele se desenvolva mais rápido. Hoje sei que os fatores
que contribuem para o câncer são tão numerosos e variados que ninguém deveria
se culpara por ter desenvolvido a doença.
Em compensação qualquer pessoa que é
diagnosticada com um câncer tema oportunidade de aprender a viver de forma
diferente, com o provável beneficio de ajudar na recuperação. Pessoalmente
estou fazendo esse caminho, e devo dizer que me sinto muito bem, em está conseguindo
trilha-lo.
Seu comentário é importante par ameu trabalho, deixe-o aqui.
Muito obrigado!
Fátima Jacinto
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