Você já observou que não temos a mínima dificuldade para assumirmos a responsabilidade
pelas coisas boas e bem-sucedidas que acontecem em nossas vida. Pelos acontecimentos
positivos nos responsabilizamos, as vezes com certa discrição, e em outras
chegamos até a sermos arrogantes.
No entanto quando as coisas andam tortas, transformamo-nos
repentinamente em vitimas, ignorando o nosso direito de autoria e em seu lugar vem a desculpa das circunstâncias, do azar,
dos outros...
Por outro lado no outro nós fazemos exatamente o contrario, o sucesso
alheio nós atribuímos ás circunstâncias, enquanto os fracassos alheios são entendidos
por nós como uma característica da personalidade.
Isso vale para justificarmos os nossos hábitos, vou dar um bom exemplo
do que estou falando: temos o hábito de achar aceitável o ciúme em nós mesmos,
o dos outros é exagerado. Achamos a nossa infidelidade justificável a do outro
é inaceitável. E assim vamos tentando colocar a culpa de tudo oque nos acontece
no outro, e a nunca nos responsabilizarmos pelo que realmente somos responsáveis.
Por isso cada dia mais tenho observado o quanto de exagero e distorções
existe nas historias das vitimas. Na grande maioria das vezes são nada mais do
que tentativas de se desfazerem da responsabilidade e atribui-la ao outro, ao
tempo, aos colegas, ao transito...
Por favor entenda: “Nada nem ninguém pode seduzir alguém que não nutra a
necessidade ou, até mesmo, o ardente desejo de ser seduzido”.
Ninguém é obrigado a ser obrigado, por favor entenda isso. Aceitar que
somos responsáveis dá medo sim, porque quando entendemos que somos responsáveis,
vamos ter que parar com todas as desculpas que damos para justificar nossas
escolhas erradas. Vamos deixar de achar que o outro acredita que “somos
obrigados a sermos obrigados.”.
Quando conseguimos diminuir as acusações que fazemos nas circunstâncias,
começamos a parar de fugir de nossa responsabilidade, de nos tornarmos vitimas
dessas circunstâncias, e começaremos a enfrentar nossos atos. Porque nós somos
aquilo que pensamos de nós, então se
modificarmos o que pensamos estaremos na realidade nos modificando.
Pense no “eu deveria”. Hoje em minha concepção o “eu deveria” é o ápice da
irresponsabilidade e da impotência. Pense um pouco. E como consequência o “eu
deveria” nos leva a uma muda auto desvalorização, por se o sinônimo do que não
temos coragem de enfrentar. Ou seja “não posso decidir”.
Através da máscara da argumentação, escondemos frequentemente a nossa
covardia e o nosso desejo de não nos envolvermos. Nos afirmamos como vitimas de
“forças ocultas “como: meu chefe, meu companheiro, o transito e tantos
outros que tudo que nos sobrou foi a impotência.
E assim acabamos por fazer todas as pessoas a nossa volta infeliz,
perdemos a consciência da livre escolha.
Em casos de relacionamentos violentos é o que mais vemos, quanto mais
você aconselha a pessoa a sair da situação mais ela se vitimiza e consegue
arranjar desculpas para ficar. Essas pessoas não conseguem se posicionar e
fazer a melhor escolha para seu bem e da sua família, e o que é muito pior
ainda usam a família dizendo muitas vezes que os filhos não podem vive rsem o
pai, violento. Ora, faça-me o favor!.
Nada nunca se consolida, tenho uma pagina para se discutir o assunto da
violência contra a mulher em uma rede social. Já á mais de quatro anos que a
mantenho. A coisa mais rara que vejo é uma mulher se posicionar, pedir ajuda,
estão lá todos os meios, mas elas “tem vergonha”, “tem medo”...
São inclusive
incapazes de curtir ou compartilhar um texto para ajudar outras na mesma
situação que talvez quem sabe tenha um pouco mais de atitude.
Coloca lá uma figurinha infantilizada e terá centenas de curtidas,
coloque esse texto não terá mais do que dez curtidas. Elas devem ter vergonha
de ler também.
No ultimo ano principalmente eu tenho notado cada vez mais que a grande
maioria dessas mulheres, se sente bastante confortáveis no papel de vitimas,
gostam de ser coitadas, e não procuram ajuda de forma algum, são incapazes
inclusive de ler um texto de medo que ele realmente possa ajuda-la e que ela
tenha que tomar uma atitude e se posicionar diante da vida.
Preferem sem duvida alguma continuarem a ser as eternas vitimas,
coitadas, sofredoras. Sem auto respeito, sem o respeito dos filhos, do companheiro,
e da família. Até a pouco tempo atrás eu ainda acreditava que como eu sai dessa
situação apesar de todo o medo a maioria também queria.
Não é a realidade, a
maioria quer continuar na mesma situação.
Entram em uma pagina como a minha por exemplo, para ter mais uma
justificativa, nossa veja como eu tenho me esforçado. Vai lá olhar ela só curti
as figurinhas, as frases feitas, nada de texto que possa fazer sua cabecinha de
vitima agir.
Infelizmente essa é uma realidade cada vez mais dolorida de se olhar,
para um ser humano que se dispõe a ser capacho e gosta de sê-lo, mas eu hoje
concordo com a maioria das pessoas que tentam como eu emponderar uma mulher
vitima de agressão, elas querem isso para suas vidas. Temos que lhes dar o
livre arbítrio.
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