Quando nos sentimos autovalorizados nos sentimos capazes de sermos vulneráveis,
de compartilhar sem medo e de perseverar em nossos projetos de vida, porque nos
sentimos apoiados, amados e aceitos. Por outro lado, a vergonha nos mantém
atrofiado, tímido e medroso.
Onde existe a tendência a vergonha, consciente ou
inconscientemente, as pessoas são estimuladas a vincularem a sua
autovalorização ao que elas produzem ou á posição que ocupam, sentimos muito
isolamento, culpa, maledicência, estagnação, favoritismo e principalmente nos
sentimos escassos de criatividade e de renovação.
O nosso assassino secreto é a vergonha, não conseguimos medi-la, mas
sabemos que ela está lá. Sempre que não conseguimos compartilhar algo com o
outro, que temos medo de expor nossas ideias, tenha certeza é a vergonha que
está nos assassinando, aquele profundo medo que temos de errar, de ser
depreciados e de nos sentir menos do que o outro e acaba por nos impedir de assumir
qualquer risco indispensável para crescermos na vida, é a vergonha nos
assassinando também.
Em suma se quisermos viver com ousadia teremos que nos autovalorizar. E para
isso teremos que ouvir as mensagens que a vergonha está nos enviando e entender
o poder limitador de cada uma delas. Entender os mecanismos que a vergonha usa
em nós ou a sua fala critica em nossa cabeça o tempo todo é fundamental para
que possamos vencê-la, isso porque não dá para ficarmos o tempo todo culpando o
outro por tudo o que tememos fazer.
Muitas vezes a nossa vergonha é resultado das velhas frases limitadoras
que ouvíamos em nossa infância ou simplesmente a cultura do medo que absorvemos
do mundo que nos cercava.
A vergonha sempre começa como uma experiência entre duas pessoas, mas
vamos envelhecendo e aprendemos a passar por nossas vergonhas sozinhos. Muitas vezes
quando decidimos seguir pelo caminho que traçamos para nós na vida, o maior
critico que enfrentamos somos nós mesmos.
A vergonha nos mantém em silencio, mesmo quando a nossa vontade é
gritar, não conseguimos explanar nossa vergonha, e ela assim nunca nos deixa em
paz.
Mas se conseguirmos lançar uma palavra sobre a vergonha que estamos
sentindo, ela começa a diminuir, e vai diminuindo mais e mais a medida que
vamos conseguir expressar o que nos deixa envergonhados. Porque a vergonha odeia ser o centro das
atenções.
Quando aprendemos a lidar com nossa vergonha seremos capazes de dizer: “Isso
dói. Isso me decepciona e é devastador. Mas não dependo do sucesso e nem da
aprovação do outro para controlarem minha vida. O meu valor é a coragem que
tenho, e eu fui corajoso, hoje. Não me envergonho de não ter dado certo nesse momento”!
Não tem como conseguirmos abraçar a vulnerabilidade se a vergonha
estiver sufocando nossa autovalorização e nossa conexão com a vida. Sejamos corajosos!
Vamos envolver nossos corações e mente nessa experiência chamada vergonha para
que possamos conquistar verdadeiramente uma vida plena.
Seu comentário é importante para meu trabalho, deixe-o aqui.
Muito obrigado!
Fátima Jacinto
Nenhum comentário:
Postar um comentário