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sexta-feira, 2 de maio de 2014

A dor que nos corroi a alma de acreditarmos que nunca somos bons o bastante...



Hoje depois de tantos problemas que já passei consigo ver com nitidez  e clareza o como e o por que cada vez mais pessoas se esforçam para tentar acreditar que são suficientemente boas. 

 Percebo por todos os lados as mensagens subliminares dizendo a cada um de nós que a vida comum é uma vida sem sentido. E percebo mais ainda, que nossas crianças estão crescendo nesse ambiente doentio de reality show, de culto a celebridades e mídia social sem nenhum controle que vão absorvendo essa mensagem e desenvolvendo uma visão do mundo completamente distorcida.

 A primeira geração de jovens assim já está aqui junto a nós, nos mostrando o que nos espera. Eles vivem em mundo onde o valor que possuem é dado pela quantidade de pessoas que curtem suas postagens ou que aceitam suas amizades nas redes sociais.
Se nós adultos digamos “cabeça feita” somos suscetíveis á propaganda de massa que é deflagrada diariamente para “inspirar” esse tipo de comportamento, imagine um adolescente? 

A necessidade e a vontade que temos de acreditar que o que estamos fazendo tem real importância para o mundo e facilmente confundida com o estimulo que necessitamos para sermos extraordinários. 

É imensamente sedutor usar como parâmetro o culto a celebridade para medir a significância ou a insignificância de nossas vidas. As ideias de grandeza e a necessidade de admiração são um balsamo para aliviar a dor de sermos tão comuns e inadequados. Sim, porque na verdade é isso o que acreditamos que somos. 

Essa dor imensa que não nos dá paz, está transformando nossas ideologias, nossos comportamentos e nossos sentimentos e lentamente estão nos transformando e a nossa maneira de viver e ver a vida, como nos relacionamos como cuidamos dos nossos filhos, e como nos conectamos com outro. 

Estamos nos transformando em uma sociedade escassa de preenchimento de si mesmo. Estamos saciados da dor maior, que é a dor de nossa alma, que nos diz a todo momento que não somos nada, que não somos bons o bastante. 

Se pedirmos para um grupo de pessoas preencher frases com o que está lhes faltando, não demorará nem 15 minutos para que uma folha inteira de papel esteja preenchida com coisas do tipo:

Não ser bom o bastante, nunca ser perfeito o bastante, nunca ser magro o bastante, nunca ser poderosos o bastante, nunca ser bem-sucedido o bastante e por ai vai. ...

Pense nisso! E veja como estamos criando mais dor quando buscamos a aprovação em nós. 

Seu comentário é importante para meu trabalho, deixe-o aqui.
Muito obrigado!
Fátima Jacinto

Narcisismo um problema de todos nós...



O que tem nos transformado em uma sociedade narcisista? Será que são as redes sociais? Porque as pessoas acham que o que elas estão fazendo é mais importante do que o que as outras fazem? Até nossas crianças hoje estão totalmente autocentradas. As pessoas estão cada vez mais se achando melhores do que todo o mundo e para confirmarem isso estão rebaixando o outro.


Não é preciso ser nenhum pesquisador para comprovar que isso já vem acontecendo a algumas décadas. Basta olharmos para nossas musicas a três décadas atrás e para as que estão aqui hoje. Hoje a tendência nas letras musicais é a hostilidade e o narcisismo. As letras musicais hoje não falam de “nós” e “nosso”. Apenas de “eu” e “meu”. Hoje não ouve mais musicas falando em solidariedade e em emoções positivas, as palavras de ordem são sempre sobre ira, sexo, comportamentos antissociais como o “ódio” e “matar”. 

Sem a menor duvida tudo isso tem contribuído para o que eu chamo de “Epidemia do narcisismo”. 

Nós nos transformamos em sociedade de pessoas egoísta e pretensiosas, que só se interessam por poder, sucesso, beleza e em se tornarem importantes. 

A coisa tem tomado um tal caminho absurdo, com a nova onda do selfie, que se alguém desconhecido estiver em uma situação de risco, e as pessoas em volta tiverem que escolher entre ajudar e ou fotografar, a opção de escolha tem recaído sobre a fotografia. E triste aterrador mas verdadeiro.

Estamos com nosso ego tão inflado que acreditamos ser superiores mesmo quando não estamos contribuindo com nada de relevante nem produzindo algo de valor?

Mas sempre que lemos um texto como esse, sabe o que pensamos, tudo isso é com os outros, não comigo é claro. E esse é exatamente o problema. Será que não é mesmo comigo?

É muito tranquilizador termos uma explicação, principalmente quando temos uma que faça com que nos sintamos melhores a respeito de nós mesmo, e depositemos toda a culpa nos outros.

Alias sempre ouço falar em narcisismo ele vem acompanhado de desprezo, raiva e julgamentos. 

Parece que queremos “curar” os narcisistas colocando os em seus devidos lugares. É como se disséssemos: “ Esses egocêntricos têm que saber que não são especiais, que não estão com essa bola toda, que não são os reis da cocada preta e precisam descer do salto alto” 

O que não conseguimos compreender é que o está determinando isso em nossa sociedade e em nós, é o medo terrível que sentimos da humilhação. O que significa que não iremos consertar o narcisismo de ninguém colocando-o em seu lugar, ou seja, lembrando-o de suas imperfeições e de sua mediocridade. Já que é a humilhação que causa esses comportamentos não será ela a cura deles. 

Na realidade quando rotulamos estamos sendo mais prejudiciais do que utíl para a cura e a mudança. 

Não estou falando aqui de culpar o sistema, já que acredito que temos que nos responsabilizar por nossos atos e comportamentos sejam eles quais forem. Mas temos que entender as causas para uma possível solução de como lidar com o problema. Que é grave não nos resta mais nenhuma duvida. 

Que tal se olharmos o problema pela lente da vulnerabilidade? Por exemplo, quando olhamos o narcisismo pela lente da vulnerabilidade vamos enxergar o medo da humilhação de ser ser alguém comum. Vamos também enxergar o receio que a pessoa tem de nunca se sentir bom o bastante para ser notado, amado, aceito ou para perseguir um objetivo. 

Muitas vezes o simples ato de humanizarmos um problema lança uma importante luz sobre ele.

Pense nisso!
Seu comentário é importante para meu trabalho, cdeixe-o aqui.
Muito obrigado!
Fátima Jacinto 

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